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#RESENHA - Holding up the Universe by Jennifer Niven

Título: Holding up the Univer
Autor(a): Jennifer Niven
Série: Livro Único
Editora: Knopf Books
Páginas: 391
Idioma: Inglês
ISBN: 0385755929
Ano de Lançamento: 2016
Classificação: ♥♥♥
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SINOPSE: Jack tem prosopagnosia, uma doença que o impede de reconhecer o rosto das pessoas. Quando ele olha para alguém, vê os olhos, o nariz, a boca… mas não consegue juntar todas as peças do quebra-cabeça para gravar na memória. Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. Mas ninguém sabe disso — até o dia em que ele encontra a Libby. Libby é nova na escola. Ela passou os últimos anos em casa, juntando os pedaços do seu coração depois da morte de sua mãe. A garota finalmente se sente pronta para voltar à vida normal, mas logo nos primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa de seu peso e vai parar na diretoria. Junto com Jack. Aos poucos essa dupla improvável se aproxima e, juntos, eles aprendem a enxergar um ao outro como ninguém antes tinha feito.
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Quem me conhece sabe que eu amei absurdamente All the Bright Places e por esse motivo tive que comprar a edição inglês de capa dura, porque né... Mas o livro foi uma decepção desde o começo até o fim.
Eu li em inglês, mas ele foi lançado no Brasil pela editora Seguinte com o título Juntando os Pedaços.

O livro é narrado em primeira pessoa pela Libby e Jack em capítulos intercalados.

Libby tinha 296 kg e teve que ser tirada de casa por um guindaste. Ela emagreceu 136 kg depois disso, ou seja, ela ainda tem 160 kg e muitos problemas de autoestima, embora as vezes a autora dá a entender que ela se aceita do jeito que é. Foi meio confuso. Libby sente muita insegurança e o livro inteiro ela fica dizendo que nunca beijou ninguém, nunca saiu com ninguém e queria alguém. E é isso. Parece que o objetivo de Libby é arrumar um namorado para se sentir "melhor".
Já Jack, meu Deus, como diabos um menino consegue esconder prosopagnosia avançada (ele não consegue reconhecer o rosto de ninguém, nem dos próprios pais e irmãos) desde o 6 anos de idade? Simplesmente não dá, gente. Além disso, Jack tem um caráter duvidoso, anda com aquela galerinha do mau, faz coisas idiotas e coloca culpa na doença *emoticon rolando os olhos*.


Não estou comparando All the Bright Places com Holding up the Universe, mas eu esperava mais desse livro porque em ATBP Jennifer conseguiu desenvolver personagens cativantes e reais, coisa que não aconteceu em HUTU. Eu não senti simpatia por nenhum dos dois, nem no começo e nem no fim da história. Foi tudo muito forçado e não teve nenhum plot twist que eu esperava taaaaaaanto.


Mas não posso negar que a escrita da autora é muito boa. Ela sempre faz umas frases de impacto como:
You are wanted (você é necessário)
A história de Jack tem muitas furadas e mancadas. Não faz sentido o menino ter essa doença desde que se conhece por gente e ninguém da família perceber que algo está errado, que algo não se encaixa nas atitudes dele. Além disso, temos na história de Jack um conflito com o pai dele que não foi muito bem desenvolvido e foi totalmente desnecessário. Também temos aqui aquele preconceito, sim, digo isso porque quase todos young adult tem isso: preconceito com o grupo popular. Aqui os mais populares e mais "bonitos" são os personagens maus da história. São sempre os que fazem bullying e os valentões. Não é bem assim, né gente. Caráter não é moldado pelo físico da pessoa e sim pela criação.


A história de Libby é um pouco mais real. Sabemos que o bullying existe e muito, principalmente com tudo que não é bem "aceito" pelo sociedade. Se você tá acima do peso, ou abaixo do peso demais, se você é negro, o cabelo não é liso, esse tipo de coisa, você sofre bullying. Eu mesma sofri bullying na escola, mas eu nem sabia que existia um nome para aquilo e eu nunca me incomodei. Eu só encarava como uma brincadeira e seguia em frente. Libby acaba sendo assim. Ela recebe insultos diariamente, mas ela segue adiante e eu odiei o fato de que ela se cala. Ela ajuda as outras pessoas passando pelo mesmo problema, mas se fecha quando o problema é com ela. Ao mesmo tempo que a gente imagina ela como uma pessoa bem resolvida, há partes que a gente percebe que a autoestima dela está ligada diretamente com o fato de ela precisar encontrar um namorado. Eu só senti que ela se sentiu completa e com a autoestima nas nuvens quando ela encontrou um romance improvável com Jack.


É isso pessoal. Eu queria trazer uma resenha bem mais animada e cheia de 5 estrelas, mas não foi dessa vez. Entrou para uma das minhas leituras decepcionantes do ano. 

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