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#RESENHA - A Garota no trem por Paula Hawkins

https://www.skoob.com.br/a-garota-no-trem-454388ed514658.html
Título: A Garota no Trem
Autor(a): Paula Hawkins
Editora: Record
Páginas: 348
Idioma: Português
ISBN: 8501104655
Ano de Lançamento: 2015
Classificação: ♥♥♥♥

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SINOPSE: Um thriller psicológico que vai mudar para sempre a maneira como você observa a vida das pessoas ao seu redor.
Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas.
Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida.
Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.
Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota No Trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.

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A garota no trem é um suspense narrado por três mulheres:
- Rachel, que é a garota no trem da capa e a personagem principal;
- Megan, a garota que a Rachel observa do trem e que é a ex-babá da filha da Anna e
- Anna, atual mulher do ex de Rachel, Tom.


Percebam que a vida das três acabam se interligando. No começo fica um pouco complicado associar três personalidades à três nomes diferentes. Mas logo a gente acostuma e consegue diferenciar uma da outra.

O livro é muito bem escrito e a narrativa da Rachel é particularmente angustiante. Ela vive uma vida destruída depois que não consegue engravidar de Tom. Ela virou alcoólatra, daqueles que ficam irreconhecíveis e que agem na impulsividade.

Uma para tristeza, duas para alegria, três para menina. Três para menina. Fico empacada nas três. Não consigo passar disso. Minha cabeça está repleta de sons, minha boca, repleta de sangue. Três para menina. Posso ouvir as aves, as pegas-rabudas — estão rindo, debochando de mim, um crocitar estridente. Um bando. Mau agouro. Posso vê-las agora, negras contra o sol. Não as aves, outra coisa. Alguém está vindo. Alguém está falando comigo. Veja só. Veja só o que você me obrigou a fazer.

Eu não senti simpatia por nenhuma das três personagens, pois todas elas são mau-caráter. Cada uma delas fizeram e ainda fazem coisas erradas que te irrita ao limite. Mas essa é a intenção da autora. Não tem como sentir simpatia por ninguém, mas ao mesmo tempo você se encontra apegada às personagens e querendo saber o que diabos aconteceu.

O livro fica rondando a situação de quem sumiu com a Megan. Mas não é só isso, conflitos internos e pessoais de vários personagens são abordados, principalmente os de Rachel, que passa por um momento bem ruim na vida. Além disso, questões sobre amizade verdadeira também são vistas nessa história fantástica. A inveja é outro ponto discutido. Anna, que ficava com Tom sabendo que ele era casado, se vangloriava de ser 'a outra'.

É um livro muito angustiante, porque ao mesmo tempo que você fica tentando descobrir quem matou Megan, o caráter dos personagens vão sendo revelados aos poucos, deixando pontas soltas para que você tente uni-las e descobrir quem foi o responsável pelo tal desaparecimento. Eu percebi quem foi o responsável mais ou menos quando chegou a 80% do livro. Com certeza alguns leitores descobriram antes, outros descobriram só depois de ser oficialmente revelado e a jogada boa desse livro é essa. Você vai juntando os acontecimentos e vai dissecando o caráter dos personagens e como suas ações levaram ao fatídico acontecimento e BOOM! Tudo se encaixa.


Eu acabei cometendo um erro horrível como leitora enquanto lia o livro: acabei acompanhando o livro com o filme. Hehe. Não me contive. Eu adiantei a leitura porque eu precisava ver o filme, mas antes do filme, o livro, é claro. Mas fiz as duas coisas ao mesmo tempo. Fui lendo o livro e vendo o filme até a parte que o livro chegou. Isso foi horrível, porque o filme é muito parecido com o livro e minha cabeça não foi capaz de formar muito bem o caráter dos personagens daquilo que eu estava lendo. O caráter e as feições foram formuladas de acordo com o filme. Então a dica que eu dou é: espere algumas semanas depois de ler o livro para ver o filme. O caráter dos personagens vai ser moldado por você, pelo que você leu e não pelo que viu no filme.

Enfim, foi uma leitura válida, mas não foi um dos melhores do ano na minha opinião.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. eu amei a resenha, sério! descreveu exatamente toda a angústia que eu senti lendo o livro ...

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